Na véspera do dia em que se vai preparar o bolo, compra-se o pão em massa no padeiro ou prepara-se o fermento com 250 gramas de farinha, 1 dl de água tépida e 10 g de fermento de padeiro.
Envolve-se o pão (ou o fermento) num guardanapo depois de passado por farinha e deixa-se ficar em sítio quente de um dia para o outro.
No dia seguinte, peneiram-se as especiarias previamente pisadas, cortam-se as amêndoas, as nozes e o cidrão em bocados, dissolve-se o bicarbonato no vinho da Madeira, derretem-se as gorduras no mel quente, raspa-se a casca das laranjas e espreme-se o sumo.Peneira-se a farinha e o açúcar para dentro de um alguidar grande, faz-se uma cova ao meio e deita-se aí a massa de fermento, depois vai-se apagando o fermento com a farinha, amassando.
Quando a farinha e o fermento estiverem bem misturados, começa-se a juntar o mel apenas morno (juntamente com as gorduras) e vai-se amassando.Depois de se ter adicionado todo o mel, juntam-se os frutos preparados, o vinho da Madeira com o bicarbonato, o sumo e a raspa das laranjas e as especiarias.
Amassa-se até a massa se desprender do alguidar.
Abafa-se com um pano e um cobertor e deixa-se levedar em sítio morno, a uma temperatura sempre igual, durante 3 a 4 dias. Depois divide-se a massa em doses de 250, 500 ou 750 g conforme o tamanho dos bolos.
Deitam-se estas doses de massa em formas redondas, direitas e baixas e muito bem untadas e leva-se a cozer em forno bem quente, depois de se ter enfeitado a superfície com meias nozes, ou amêndoas ou bocados de cidrão.
Querendo, pode-se reduzir a quantidade de nozes ou de outros ingredientes caros, nesse caso aumentam-se as especiarias dando lugar a outro tipo de bolo, o bolo podre.
Os primeiros são mais saborosos e os segundos mais apimentados. Depois de cozidos e frios, embrulham-se em papel vegetal ou celofane e guardam-se em caixas. Estes bolos podem conservar-se durante um ano inteiro.
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