Escolhe-se uma abóbora, de preferência menina, ou então uma abóbora doce, que quanto mais madura, mais doce tornará as papas.
Abre-se, corta-se em gomos e limpa-se as sementes e a casca.
Lavam-se e cortam-se os gomos em pedaços mais pequenos para uma panela, cobrindo-os com água.
Junta-se sal q.b., uma colher de manteiga de porco e leva-se ao lume até cozer muito bem.
Depois de bem cozida, escorre-se a água sobrante e mói-se a abóbora muito bem, juntando-lhe de seguida a farinha de milho previamente peneirada, mexendo tudo com uma colher de pau ou um "mexedoiro".
Vai-se mexendo sempre e mantendo ao lume até apanhar a consistência desejada.
Quando a abóbora não é muito adocicada, há quem lhe junte um bocadito de açúcar e por vezes também uns pós de canela.
Servem-se numa tigela ou prato, com torresmos de febra de porco ou carapauzinhos assados na brasa.
Antigamente quando sobravam de um dia para o outro, era vulgar serem cortadas em pequenos pedaços e aquecidas numa frigideira, ligeiramente untada com manteiga de porco ou mesmo azeite.